As armas antigas usadas pelos gregos, romanos e persas — e até mesmo por personagens mitológicos — apareciam com destaque na cunhagem dessas civilizações.
A guerra era a preocupação central da maioria dos estados antigos, e governantes e magistrados que contratavam gravadores para criar desenhos de moedas queriam representações precisas de suas armas e das armas carregadas por seus deuses, heróis e inimigos.
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Armas na Antiguidade
Civilizações no mundo antigo eram caracterizadas por incertezas políticas e guerras. Assim, junto com táticos experientes, os impérios exigiam armamento sofisticado para vencer o inimigo, vitória essa que podia ser definida em apenas uma única batalha!
A maioria das armas antigas que foram usadas por civilizações clássicas são familiares para nós. Mas outras armas de guerra menos conhecidas tornaram-se mais detalhadas e mortais e foram projetadas para dar uma vantagem inesperada no campo de batalha. Elas também permitiram que os exércitos quebrassem as defesas do inimigo!
Confira abaixo alguns dos armamentos utilizados pelas antigas civilizações. Algumas destas armas antigas destacam a criatividade, engenhosidade e, às vezes, a imaginação perversa dos projetistas antigos!
O púgio romano
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Um tipo de punhal ou adaga, o púgio é famoso por ter sido a arma utilizada no assassinato de Júlio César. Era sinônimo de status e frequentemente associado a oficiais romanos de alta patente. Ser militar era uma honra para o cidadão romano e usar um púgio era a forma mais simples de informar a todos seu status.
O púgio era uma pequena faca, usada como último recurso se nenhuma outra arma estivesse disponível. Sua borda afiada tinha uma nervura focal e a alça era tipicamente aparafusada (embora esses parafusos tenham desaparecido desde o século I d.C. e vários precedentes posteriores sejam encontrados com alças de substituição).
Cópis — a espada grega
A cópis (kopis) era uma espada de uma mão e de um gume usada pelos gregos. Mediu cerca de 36 polegadas (91,44 cm) com a lâmina curvando-se para a frente e alargando perto da ponta. Era mais comprida do que a xifo, outra espada grega antiga proeminente. A cópis era mais útil para a cavalaria.
Espada ou gládio romano
Uma das armas antigas romanas mais importantes era o gládio, ou espada curta, que tinha cerca de 46 cm de comprimento e era afiada em ambos os lados. Costumava ser usado para combate corpo a corpo.
O gládio era feito de várias tiras de metal unidas, embora algumas fossem feitas de peças únicas de aço. Era implacavelmente eficaz, pois a maioria das batalhas antigas se transformava em uma confusão tumultuada onde o gládio deixava sua marca!
No final dos séculos II e III d.C., o gládio foi substituído pela spatha, uma espada mais longa com arestas afiadas entre 60 e 85 cm.
Sarissa — a lança macedônia
Introduzida pelo pai de Alexandre, o Grande, Filipe II da Macedônia, a sarissa era uma lança de 4 a 7 metros de comprimento que era usada no lugar do dóri (que era mais curto).
Era feita de madeira de cornalina resistente e pesava cerca de 5 quilos. A sarissa era consideravelmente mais longa do que sua antecessora e isso a tornava muito eficaz na famosa falange macedônia, que era considerada invulnerável pela frente e só poderia ser derrotada se a formação fosse quebrada!
A invenção de sarissa ajudou muito Filipe II e seu filho Alexandre, o Grande em suas conquistas.
Dardo e o Pilo romano
Ao contrário de uma lança, que é uma arma de ataque, o dardo é um míssil projetado para ser lançado. Pesava entre 1-3 kg e tinha um alcance efetivo de cerca de 15-20 metros. Era lançado pela infantaria ligeira e cavalaria, que iam para a batalha portando duas ou três armas antigas.
Até que os estribos se tornassem amplamente usados no oeste no século VI d.C., o combate de choque montado era arriscado.
O dardo romano se chamava pilo. Na batalha, o uso dessa arma era duplo. Em primeiro lugar, era uma ferramenta eficaz para matar. Em segundo, a haste de metal era macia de modo que, no impacto, entortava, o que significava que, se penetrasse no escudo de um soldado inimigo, seria difícil removê-la. Isso tornava o escudo inútil e teria de ser eliminado!
Arco curto
Teve origem entre os nômades da Ásia Central já no segundo milênio a.C.! Construído com tiras de chifre, madeira e tendões laminados com cola de peixe, exigia braços fortes e uma vida inteira de prática para atirar com eficácia.
Para gregos e romanos, o arco era a arma dos persas, citas e outros bárbaros exóticos. Um arco composto em ação aparece em um raro tetradracma de prata da ilha de Tasos, c. 350 a.C. No reverso, Hércules se ajoelha enquanto puxa seu arco.
Arco longo
Pensamos no arco longo como uma arma medieval galesa e inglesa, mas um tetradracma de prata notável e muito raro de Alexandre, o Grande, provavelmente emitido na Babilônia, c. 327 a.C., confirma uma história contada séculos depois pelo historiador grego romanizado Arriano.
O historiador, que viveu c. 89 – 146 d.C., em sua narrativa, afirmava que a infantaria tinha um arco da altura do dono e nada poderia resistir a uma flecha disparada por um arqueiro indiano — nem escudo, nem peitoral, nem qualquer armadura forte!
A garra de Arquimedes
Este dispositivo semelhante a um guindaste consistia em uma viga articulada baseada numa plataforma vertical rotativa. Em uma extremidade da viga havia um grande gancho (também conhecido como “mão de ferro”) que pairava por uma corrente e era equilibrado na outra extremidade por um contrapeso deslizante. A garra cairia de uma cidade ou parede defensiva de fortificação sobre um navio inimigo, enganchava e içava para então derrubar o navio novamente, desequilibrando-o e provavelmente virando-o.
Essas máquinas foram usadas com destaque durante a Segunda Guerra Púnica em 214 a.C. Quando a República Romana atacou Siracusa à noite com uma frota de 60 navios, muitas dessas máquinas foram implantadas, afundando muitos navios e confundindo o ataque. Combinado com outras armas antigas — as catapultas de Arquimedes — a frota foi severamente danificada.
Fogo grego
Embora, tecnicamente, uma arma do início da Idade Média, o fogo grego foi usado pela primeira vez no Império Bizantino (ou no Império Romano Oriental) cerca de 672 d.C., supostamente inventado por um refugiado judeu de língua grega que fugiu da conquista árabe da Síria, chamado Calínico.
Uma arma incendiária, este “fogo líquido” era impulsionado para os navios inimigos através de sifões, explodindo em chamas com o contato. Extremamente difícil de extinguir, queimava até na água!
O fogo grego foi tão eficaz no combate que representou uma virada na luta de Bizâncio contra os invasores árabes!
Essa arma foi lançada de tubos montados na proa dos navios gregos causando estragos na frota árabe que atacou Constantinopla em 673. A receita do fogo grego foi tão bem guardada que se perdeu na história!
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Gostei muito interessante o artigo, bem documentado.