Um dos últimos titãs da República Romana, o legado de Marco Antônio é quase tão longo quanto impactante. Ele foi um político e general, um aliado de Júlio César e também o principal rival de seu sucessor Otaviano (mais tarde Augusto).
A passagem do poder entre os três homens é tão importante, pois levou à transição de Roma de uma república para um império!
Ele também é lembrado por ter tido um caso de amor condenado com Cleópatra, que foi sua ruína! O affair ajudou a levar ao fim a República Romana por meio da guerra civil com Otaviano.
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Origem
Marco Antônio nasceu em Roma em 83 a.C. em uma família romana plebeia, mas muito respeitada.
Ele passou muitos anos de sua adolescência vagando pelas ruas e tabernas secundárias de Roma, bebendo, jogando e escandalizando seus contemporâneos com seus casos de amor.
Afundado em dívidas de jogo e perseguido por credores, Antônio fugiu para a Grécia em 58 a.C. e participou de campanhas militares na Judeia, onde teve um bom desempenho.
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Aliado de Júlio César
Suas associações com Publius Clodius Pulcher asseguraram-no rapidamente uma posição no estado-maior militar de Júlio César durante a conquista da Gália.
Então, entre 52 e 50 a.C., Marco Antônio foi designado como oficial de Júlio César nas Guerras da Gália e foi um aliado fundamental para ajudar a colocar a província sob o controle de Roma!
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Os dois desenvolveram relações amistosas e Antônio se superou como comandante. Assim, quando a carreira de César avançou, a dele avançou também.
Ao retornar da Gália, Antônio foi nomeado tribuno, representando os interesses do povo. Seu sucesso e popularidade o ajudaram a ganhar apoio para seu benfeitor, César, que estava sendo contestado por membros do Senado Romano.
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Com o aumento da pressão contra César, Marco Antônio juntou-se a seu mentor na Gália numa série de batalhas contra Pompeu. Antônio novamente ajudou César a derrotar seus inimigos e ele voltou a Roma como o segundo em comando de César. Depois de acumular muito poder, em 45 a.C., César foi designado ditador por um ano.
As ações de César levaram muitos a acreditar que ele estava se posicionando para se tornar rei. Surgiu uma conspiração para assassiná-lo e, em 15 de março de 44 a.C., ele foi morto no Senado Romano. Antônio era o próximo na linha de sucessão, mas foi desafiado por Otaviano, filho adotivo de César, que alegou ser herdeiro do governo de seu pai!
O Segundo Triunvirato
A morte de César trouxe uma busca caótica pelo poder entre várias facções. Enquanto Marco Antônio perseguia os assassinos de César na Gália, os exércitos de Otaviano obtiveram uma série de vitórias contra Antônio, forçando-o a recuar para o sul da Gália.
Os assassinos de César, Brutus e Cassio, estavam se preparando para descer a Roma quando Otaviano, Antônio e Lépido formaram o Segundo Triunvirato e derrotaram os traidores na batalha de Filipos, na Macedônia Romana, em outubro de 42 a.C.
Marco Antônio e Cleópatra
Com Otaviano governando Roma ocidental e Lépido governando a África, Marco Antônio se posicionou no sul da Turquia e perseguiu a rainha do Egito, Cleópatra, primeiro formando um romance e depois uma aliança para ajudá-lo a defender as províncias orientais.
Em 40 a.C., a esposa de Antônio, Fúlvia, e seu irmão, Lúcio, se rebelaram contra Otaviano, forçando Marco Antônio a retornar à Itália. No caminho, Fúlvia morreu e Antônio e Otaviano se reconciliaram, com Antônio se casando com a irmã de Otaviano, Otávia, em 40 a.C.
Em 36 a.C., Marco Antônio retomou sua aliança e romance com Cleópatra, procurando angariar fundos suficientes dela para apoiar sua campanha na Judeia. Cleópatra viu isso como uma oportunidade para aumentar seu poder e concordou.
Por volta dessa mesma época, espalharam-se rumores de que Antônio e Cleópatra haviam se casado, mas isso é improvável, já que ele era casado com Otávia.
Em Alexandria, Cleópatra e Antônio levavam, segundo alguns historiadores, uma vida de devassidão — embora fosse provável que fizessem parte de um grupo dedicado ao culto do deus Dioniso.
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Derrota por Otaviano e Suicídio
No final de 33 a.C., o Segundo Triunvirato havia terminado, conforme prescrito por lei, e as tensões entre Marco Antônio e Otaviano haviam chegado ao clímax!
Uma guerra de propaganda envolveu Roma, com Antônio acusando Otaviano de ser um usurpador, forjando evidências de sua adoção por César, e Otaviano acusando Antônio de baixa moral por deixar sua esposa por Cleópatra.
Em 32 a.C., Otaviano fez com que o Senado privasse Antônio de seus poderes e declarasse guerra contra Cleópatra. Marco Antônio entrou na guerra ao lado dela.
Toda essa situação se transformou em uma guerra militar, com os dois generais se reunindo em Ácio, na Grécia, em 2 de setembro de 31 a.C. Em uma batalha confusa, a frota de Marco Antônio, em menor número, foi derrotada e ele fugiu de volta para Cleópatra, no Egito.
Quando as forças de Otaviano entraram em Alexandria, o perturbado Antônio cometeu suicídio caindo sobre sua própria espada — num ato de honrosa tradição romana — em 1 de agosto de 30 a.C.
Com o Egito capturado, Cleópatra foi levada a Otaviano, que a informou que ela desfilaria pelas ruas de Roma como parte de seu triunfo. Para evitar a humilhação, ela escolheu o mesmo destino de seu amante, suicidando-se em 12 de agosto de 30 a.C. Assim, o Egito tornou-se uma província romana!
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