Na mitologia greco-romana, o centauro era uma criatura metade homem e metade cavalo. Essas criaturas, normalmente, representavam barbárie e o caos desenfreado. No entanto, apesar de sua reputação bestial, alguns centauros não eram retratados desfavoravelmente em mitos, a menos que estivessem sob efeito de vinho.
Eles eram frequentemente representados na escultura arquitetônica grega e na decoração de cerâmica. E, claro, essa figura também foi retratada em moedas antigas gregas e romanas. Conheça abaixo essas peças!
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Origem do Centauro
De acordo com a mitologia, Íxion, rei dos lápitas da Tessália, se apaixonou pela deusa Hera (esposa de Zeus) e tentou estupra-la. Hera então relatou o episódio ao marido. Dessa forma, o pai de todos os deuses, para averiguar, esculpiu com nuvens uma estátua semelhante a Hera e colocou perto de Íxion para ver sua reação.
Assim, o rei dos lápitas fez amor com a nuvem criada por Zeus. O deus então lançou Íxion para o Hades (o inferno da mitologia grega). Entretanto, a nuvem que fora violentada por Íxion deu à luz a Centauros, que teve relação com algumas éguas magnesianas, dando origem a todos os outros centauros!
Acreditava-se que os centauros viviam nas florestas da Tessália, além das leis do homem. E essas criaturas míticas podem realmente ter uma base na realidade! Havia uma tradição na Tessália de caçar touros a cavalo e a própria palavra centauro pode ter originalmente significado ‘matador de touros’.
Talvez os cavaleiros da Tessália fossem tão habilidosos que parecessem um cavalo e assim nasceu o mito de uma única criatura!
Aparência do Centauro na mitologia
Os centauros eram criaturas meio humanas e meio cavalos. Eles possuíam o corpo de um cavalo, mas tronco, cabeça e braços de homem.
Quíron
Embora a maioria dos centauros fosse descrita como selvagem, Quíron, o centauro mais conhecido de todos, era uma exceção notável. Ele era modesto, civilizado e sábio, conhecido por suas habilidades medicinais e de ensino. Tanto que foi tutor de outros personagens mitológicos, como os heróis Hércules, Aquiles e Jasão.
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Ele é uma figura sombria na mitologia e, como apenas aparecia como personagem coadjuvante em muitos mitos, os detalhes sobre ele são escassos. Segundo os mitos, Quíron era filho de Philrya (filha do titã Oceano) e era casado com a ninfa Chariklo. Ele vivia nas florestas do Monte Pelion, na Tessália.
Quíron é comumente representado usando uma túnica curta e uma capa, muitas vezes carregando um galho por cima do ombro, com caças penduradas. Suas pernas dianteiras são, muita vezes, humanas e ele geralmente possui menos pelos nas pernas e no tronco do que os outros centauros.
Na mitologia, Quíron era conselheiro do rei Peleu e é frequentemente associado ao casamento do rei com a nereida Tétis. Inclusive, a educação do filho do casal, Aquiles, foi confiada ao sábio Quíron.
Segundo a mitologia, o grande herói Aquiles herdou uma lança formidável que Quíron havia dado a Peleu. Essa lança era tão grande e pesada que apenas o herói era suficientemente forte e habilidoso para manejá-la!
A lança de Aquiles é mencionada duas vezes especificamente como um presente do centauro Quíron na Ilíada de Homero, que conta o mito da Guerra de Troia.
O Arqueiro da constelação de Sagitário
O centauro Quíron era imortal. Porém, ele foi acidentalmente ferido por Héracles (ou Hércules para os romanos) com uma flecha que continha o sangue do monstro Hidra, o que lhe causou dores insuportáveis. Então, quando Héracles pediu a seu pai, o deus Zeus, para libertar Prometeu e Zeus exigiu um sacrifício, Quíron se ofereceu e morreu, tanto para libertar Prometeu quanto ele mesmo da dor.
Para homenageá-lo, Zeus colocou o centauro entre as estrelas. Por isso, o centauro é o símbolo da constelação de sagitário, um dos 12 signos do zodíaco.
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Moedas antigas com a figura do centauro
A primeira moeda da nossa seleção é uma peça da série “Zodíaco”, emitida durante o ano 8 do reinado do imperador romano Antonino Pio (138-161 d.C.). A peça abaixo, foi cunhada na província romana do Egito, e representa Júpiter em Sagitário:
Já a próxima moeda, traz o centauro Quíron no reverso. Essa peça, do imperador romano Galiano (253-268 d.C.), é um tipo em comemoração aos votos feitos ao deus Apolo, invocando sua proteção ao imperador.
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Durante uma noite no cerco de Milão, Galiano recebeu um alarme falso de que seu comandante Aureólo e suas forças haviam feito uma saída desesperada da cidade.
Galiano então partiu sem vestir a armadura ou montar seus guardas. Apenas montou a cavalo e correu a toda velocidade em direção ao suposto local do ataque. Lá ele foi emboscado por inimigos dentre seus próprios oficiais. Mesmo com o pedido de proteção ao deus Apolo, em meio ao tumulto noturno, ele recebeu uma punhada mortal de uma mão incerta.
Para finalizar, uma moeda grega da Tessália, lar dos centauros. Os magnetes eram uma tribo antiga que vivia na Magnésia da Tessália. Segundo a lenda, eles participaram da Guerra de Troia. Mais tarde, eles também contribuíram para a colonização grega, fundando duas cidades prósperas na Anatólia Ocidental.
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