Embora usado em outras casas de cunhagem gregas, os golfinhos eram icônicos em Taras (atual Tarento, na Itália). Essa cidade grega, conhecida pelos romanos como Tarentum, emitiu uma das moedas mais extraordinárias do mundo grego antigo: o padrão cavaleiro-golfinho!
Mesmo as moedas mais antigas da cidade variando consideravelmente nos tipos de anverso e reverso, no início do século IV a.C. baseava-se amplamente na fórmula: um cavaleiro no anverso e um garoto montando um golfinho no reverso. Continue a leitura e conheça as peças mais icônicas desse tipo!
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A figura do Golfinho nas moedas gregas
Para os gregos antigos, os golfinhos eram considerados um guia marítimo, ajudando os navegantes perdidos a encontrarem a rota certa! Era um animal ligado a Apolo (deus da ordem e da música), pois em um de seus mitos, ele teria se transformado em golfinho para guiar navegadores até seu templo sagrado!
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A cidade grega de Taras
Taras, a atual Tarento, foi uma das principais cidades da Magna Grécia. Era localizada numa grande baía no “peito do pé” da “bota” da Itália. De acordo com a mitologia grega, a cidade foi fundada por Taras, um filho do deus Poseidon, que sobreviveu a um naufrágio ao ser resgatado por um golfinho!
Essa cidade grega teve seu apogeu durante o século IV a.C. Foi conquistada pelos romanos em 272 a.C., sendo chamada por eles de Tarento (Tarentum em latim). A partir daí começou sua decadência.
Tarento também participou da Guerra Pírrica contra a República Roma. Apesar da vitória inicial ter sido de Tarento, Pirro e seus aliados, Roma acabou levando a vitória na guerra.
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O Padrão Cavaleiro-Golfinho de Taras
Felizmente para os amantes da numismática grega, foram cunhadas muitas moedas de bom estilo (como o didracma de prata cunhado de 315-302 a.C. acima) e de variedade surpreendente do padrão cavaleiro-golfinho.
O menino “cavalgando” o golfinho, foi interpretado de várias formas. Não há consenso entre os estudiosos sobre sua identidade, mas a maioria acredita que se trata de Taras, filho de Poseidon, e fundador lendário de Tarento!
Golfinhos no anverso e no reverso
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Já esse didracma mais antigo (510-500 a.C.) apresenta um design interessante. Traz o padrão cavaleiro-golfinho tanto do anverso quanto no reverso da peça.
Cavaleiro-Golfinho no Anverso
Nesta peça, datada de 470-465 a.C., o menino montado em seu golfinho aparece no anverso com os dois braços estendidos.
Já na moeda abaixo, cunhada entre 450-440 a.C., o cavaleiro-golfinho ainda permanece no anverso. Porém, desta vez o golfinho aparece cavalgando sobre ondas agitadas.
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Cavaleiro-Golfinho no Reverso
No decorrer dos anos, o cavaleiro-golfinho também foi gravado no reverso da moeda. É o caso dessa belíssima peça, datada de 340-335 a.C.:
🔸 Acima: no anverso, um cavaleiro comum com seus cavalos. No reverso, mostra o menino sentado de lado no golfinho enquanto se vira para pegar um peixe com seu tridente. As ondas abaixo completam essa composição belíssima e envolvente!
Didracma de peso reduzido
Quando Taranto estava sob controle do invasor cartaginês Aníbal, foram cunhados didracmas de peso reduzido (iguais aos meio shekels púnicos). A peça abaixo, datada de 212-209 a.C., é um belíssimo exemplo desse tipo:
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Moedas de Golfinhos de outras cidades
Além dos didracmas de Taras, existem moedas emitidas em outros lugares que apresentam golfinhos montados por cavaleiros e por criaturas mitológicas.
Entretanto, talvez o padrão cavaleiro-golfinho mais intrigante seja o apresentado nas moedas de Iasus, uma cidade na Ásia Menor. Dizia-se que um garoto mortal chamado Hermias fez amizade com um golfinho e o montava todos os dias. Um dia, durante uma tempestade feroz, Hermias se afogou.
Depois disso, o golfinho levou o corpo do menino à praia, onde encalhou até que morreu também. O evento foi tão cativante – seja fato real ou mitológico – que foi homenageado nas moedas da cidade. A peça abaixo, que representa essa história, é datada de 250-190 a.C.:
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