O deus Zeus (Júpiter para os romanos) era a divindade olímpica do céu e do trovão, o rei de todos os outros deuses e homens e, consequentemente, a principal figura da mitologia greco-romana!
Confira abaixo a mitologia desse deus e sua representação nas moedas clássicas gregas e romanas.
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Quem era Zeus?
O deus Zeus, na religião grega antiga, era a principal divindade do panteão, um deus do céu que era idêntico ao deus romano Júpiter.
Zeus era considerado o remetente de trovões e relâmpagos, chuva e ventos, e sua arma tradicional era o raio. Ele era chamado de pai, uma alusão ao seu papel como governante e protetor de deuses e homens.
Nome do deus Zeus
Os estudiosos acreditam que o nome de Zeus tenha se originado da palavra grega antiga para “brilhante”. A palavra tem uma estreita ligação com dies, que é a palavra latina para “dia” e tem uma história muito antiga. Portanto, muitos mitólogos acreditam que Zeus é um dos deuses gregos mais antigos!
Seu nome também pode estar relacionado ao do deus do céu Diaus-Pita do antigo Rigueveda hindu.
Papéis e Epítetos de Zeus
Considerado o governante dos céus e o governador do clima, o deus Zeus também era associado à sabedoria e à consciência, à autoridade e ao destino, às batalhas e ao poder.
O antigo poeta grego Homero disse que antes da luta entre Aquiles e Heitor, Zeus pesou suas sortes e abençoou o resultado. Depois, o poeta ainda afirmou que o deus grego possuía duas urnas cheias de males e bênçãos — os presentes que ele dava a cada mortal na quantidade que ele decidia.
Em relação aos muitos outros papéis que Zeus teve, ele adquiriu muitos epítetos diferentes. Alguns deles são: “guerreiro”, “cumpridor de juramento”, “convidado-patrono”, “todo grego” e “Salvador”.
🔹Acima: anverso e reverso do famoso tetradracma padrão de Alexandre, o Grande. Essas peças traziam um dos filhos de Zeus, Hércules, com a pele do leão de Nemeia na cabeça no anverso, e o deus Zeus entronado e segurando sua águia no reverso. Esse exemplar é datado de 325-319 a.C. É um padrão que foi muito cunhado, mesmo depois da morte de Alexandre em 323 a.C., e é uma das moedas clássicas mais desejadas pelos colecionadores.
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Representação e Símbolos
Normalmente, Zeus é retratado com um cetro em uma mão e um raio na outra — ambos símbolos de sua autoridade. Às vezes ele usa uma coroa de folhas de carvalho — o carvalho era considerado sua árvore sagrada.
Homero o descreveu repetidamente como “portador da égide”. A égide era um enorme escudo que Zeus frequentemente carregava consigo, emprestando-o à sua filha favorita, Atena, deusa da sabedoria, de tempos em tempos. Além disso, ele possuía um animal de estimação, considerado seu animal sagrado: uma águia dourada gigante chamada Aetos Dios.
Deus Zeus e a Titanomaquia
De acordo com um mito cretense que mais tarde foi adotado pelos gregos, Cronos, rei dos Titãs, ao saber que um de seus filhos estava destinado a destroná-lo, engoliu seus descendentes assim que nasceram.
Reia, sua esposa, salvou o bebê Zeus, dando a Cronos uma pedra embrulhada em panos para engolir e escondendo Zeus em uma caverna em Creta. Lá ele foi amamentado pela ninfa (ou cabra) Amalteia e guardado pelos Curetes (jovens guerreiros), que batiam suas armas para disfarçar o choro do bebê.
Depois que Zeus se tornou adulto, ele liderou uma revolta contra os Titãs e conseguiu destronar Cronos, com a ajuda de seus irmãos Hades e Poseidon, com quem dividiu o domínio sobre o mundo.
Como governante do céu, o deus Zeus levou os deuses à vitória contra os gigantes (filhos de Gaia e Tártaro) e esmagou com sucesso várias revoltas contra ele por seus companheiros deuses.
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Olimpo, a morada dos deuses
Segundo Homero, o céu estava localizado no cume do Olimpo, a montanha mais alta da Grécia. Os outros membros do panteão residiam lá com Zeus e estavam sujeitos à sua vontade.
De sua posição exaltada no topo do Monte Olimpo, acreditava-se que Zeus observava de modo onisciente os assuntos dos homens, vendo tudo, governando tudo, recompensando a boa conduta e punindo o mal!
Além de fazer justiça — tinha uma forte ligação com sua filha Diké (Justiça) — Zeus era o protetor das cidades, do lar, das propriedades, dos estranhos, dos hóspedes e dos suplicantes.
Zeus e Hera: um casamento conturbado
Como era costume nos mitos gregos e romanos, Zeus era casado com sua irmã Hera (a Juno romana), deusa da fertilidade e do casamento.
Entretanto, o deus Zeus era um namorador com um olhar errante e teve vários casos com mulheres diferentes. Hera tinha ataques ciumentos de raiva incontrolável ao descobrir os casos de seu marido, e muitas vezes ela distribuía punições cruéis e inesperadas para suas amantes e filhos bastardos. Héracles, ou o herói romano Hércules, foi uma das vítimas da ira de Hera.
Amantes e filhos de Zeus
Como visto, Zeus era bem conhecido por ser muito namorador. Assim, ele teve muitos casos de amor com mulheres mortais e imortais.
Para realizar seus desígnios amorosos, o deus Zeus frequentemente assumia formas animais, como a de um cuco com Hera, um cisne com Leda ou um touro com Europa.
Seus descendentes mais notáveis foram os gêmeos Apolo e Ártemis, filhos da Titã Leto; Helena e os Dioscuros, de Leda de Esparta; Perséfone, com a deusa Deméter; Atena, nascida de sua cabeça depois que ele engoliu sua primeira esposa, a Titã Métis; Hefesto, Hebe, Ares e Ilítia, filhos com sua esposa, Hera; e Dionísio, pela deusa Sêmele.
Júpiter, deus romano
Assim como seu equivalente grego, o deus Júpiter também era o pai de todos os deuses para os romanos. Inclusive, os romanos acreditavam que Júpiter era o avô de Rômulo e Remo!
Os romanos viam Júpiter como seu maior antepassado fundador. Marte (Ares grego), seu filho, era pai de Rômulo e Remo, que os romanos ligaram à história da fundação de Roma. Isso faz de Júpiter avô dos fundadores mitológicos da cidade, portanto, a primeira fonte de onde todas as suas histórias fantásticas começaram.
Os romanos acreditavam que Júpiter concedia proteção e sucesso a seus favoritos, que tendiam a ser pessoas em posições de autoridade semelhantes às suas. Nesse sentido, o imperador romano Diocleciano (reinado 284-305 d.C.), chamava-se Jovius, em homenagem a Júpiter. Essa conexão entre deuses e imperadores ajudava a legitimar as reivindicações de poder dos governantes, aproximando o governo imperial do culto tradicional.
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