Honório, em latim: Flavius Honorius Augustus, nasceu em 9 de setembro de 384 na cidade de Constantinopla, atual Istambul, Turquia, e faleceu em 15 de agosto de 423, em Ravena, na Itália. Era o filho mais novo do imperador Teodósio I e de sua primeira esposa, Élia Flacila. Honorius foi imperador romano do Ocidente de 393 a 423, um imperador infantil, que começou seu reinado com apenas 10 anos.
Saiba mais sobre esse imperador que começou seu reinado ainda criança, e marcou o início da queda do Império Romano. Ótima leitura!
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Família de Honorius
Honorius tinha como irmãos Arcádio e Pulquéria. Em 386 perderam a mãe, e logo em 387, seu pai casou-se novamente com Galla. Teodósio e Galla tiveram uma filha, Galla Placídia, ficando Honorius na posição de irmão do meio. Ele, Arcádio e Galla Placídia foram os únicos filhos de Teodósio a sobreviverem até a idade adulta.
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Início do reinado
Com apenas dois anos, ele foi nomeado como cônsul por seu pai. E em janeiro de 393 foi declarado como augusto, sendo então um co-governador com Teodósio, após a morte de Valentiniano II e a usurpação de Eugênio.
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Em 395, com a morte de seu pai, o Império Romano foi dividido em duas partes: o Império Romano do Ocidente, governado a partir de Ravena, na Itália, por Honorius, então com 10 anos. E o Império Romano do Oriente, governado a partir de Constantinopla, por seu irmão, Arcádio, com 17 anos. Ambos governaram sob a tutela de chefes mercenários do exército romano, pois os dois não tinham nenhuma experiência.
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Honorius governou sob a regência de Stilicon, um general meio romano meio vândalo. Stilicon era casado com Serena, a sobrinha favorita de Teodósio I (pai de Honorius).
Quem governava de fato era Stilicon, devido à falta de experiência e a fraca personalidade do imperador. Inclusive o general fez o imperador se casar com duas de suas filhas em sequência: Maria e Termanthia, para fortalecer seus laços com o jovem imperador e fazer de seu neto um herdeiro imperial.
Os primeiros anos do reinado foram relativamente pacíficos. O poderoso general conseguia comandar bem as forças romanas contra os bárbaros e conseguiu mantê-los sob controle. Dessa forma, Honorius foi capaz de se concentrar em questões administrativas.
Início do declínio do império romano
O reinado de Honorius experimentou contínuas incursões bárbaras na Gália, Itália e Espanha. Ao mesmo tempo, surgiram uma série de usurpadores. Stilico era um hábil general, que soube retardar por algum tempo a invasão dos bárbaros.
Em maio de 408, Honorius estava a caminho de Ravena para Ticino quando recebeu a notícia da morte de seu irmão. Ele planejava ir a Constantinopla ajudar na montagem da corte de transição de Arcádio a Teodósio II. Honorius convocou Stilico para obter orientações, e ele aconselhou o imperador a não ir e ele mesmo iria no seu lugar. Na ausência de Stilico, um dos ministros, Olympius, conquistou a confiança do imperador e o convenceu de que seu sogro conspirava com os bárbaros para derrubá-lo.
Assim que retornou para Ravena, Honorius mandou prender e executar Stilico, em agosto de 408. Com isso, o imperador foi contra todos os aliados de seu ex-sogro, matando e torturando importantes indivíduos e confiscando as propriedades de todos que tivessem exercido qualquer cargo enquanto Stilico estava no comando. A esposa de Honorius, Thermantia, foi retirada do trono imperial e devolvida à mãe. Eucherius, filho de Stilico, foi condenado à morte.
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Declínio e saque de Roma
Este foi um evento decisivo no reinado de Honorius, pois marcou o início do declínio do Império Romano do Ocidente. Sem Stilicon, o império ficou mais vulnerável às várias invasões bárbaras.
Em 410, os visigodos, liderados por Alarico, invadiram a Itália. Roma foi saqueada pela primeira vez em quase 800 anos, um evento simbólico que marcou o início do declínio do Império Romano. Honorius foi forçado a fugir de Roma para Ravena, onde permaneceu até o fim de seu reinado.
No mesmo ano, 410, a autoridade do império quase foi restituída, quando aconteceu a morte de Alarico e graças à ação enérgica de Constâncio, o novo general das tropas romanas e, depois, co-imperador. Mas com a morte do Constâncio, em setembro de 421, deixou o imperador novamente impotente diante das novas invasões bárbaras.
Durante o restante de seu reinado, ele foi incapaz de impedir a expansão dos bárbaros. Os visigodos conquistaram a Espanha e a Gália, e os hunos invadiram o norte da Itália. Em 423, Honorius morreu em Ravena, e o Império Romano do Ocidente entrou em colapso.
Considerações sobre o império de Honorius
Honorius é considerado pelos historiadores um imperador fraco e ineficaz. Ele foi incapaz de lidar com as crises que enfrentaram o Império Romano do Ocidente, e seu reinado foi marcado por uma série de derrotas militares.
Os historiadores também apontam uma série de fatores que contribuíram para o seu fracasso. Entre esses fatores, por ele ser muito jovem e inexperiente quando se tornou imperador. E também por ser muito influenciável por conselheiros incompetentes.
Além disso, ele foi culpado de cometer uma série de erros estratégicos. Ele condenou e mandou matar Stilicon, o único general capaz de conter os bárbaros. Também assinou um tratado com os visigodos, que permitiu que eles se estabelecessem na Gália.
O reinado dele foi um ponto de inflexão na história do Império Romano. A queda de Honorius marcou o início do fim do Império Romano do Ocidente, e o início da Idade Média.
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