As moedas da deusa Ártemis (Diana)

A deusa Ártemis, na mitologia grega, era a deusa dos animais selvagens, da caça e da vegetação e da castidade e do parto. Os romanos a identificavam com Diana. Ela era filha de Zeus e Leto e irmã gêmea de Apolo.

Ártemis era a deusa favorita entre a população rural. Seu caráter e função variavam muito de lugar para lugar, mas, aparentemente, por trás de todas as formas estava a deusa da natureza selvagem, que dançava, geralmente acompanhada por ninfas, em montanhas, florestas e pântanos.

Apesar de personificar o ideal do esportista de caça, ela também protegia os animais, especialmente os jovens. E por isso tinha o título de ‘Senhora dos Animais’. Confira abaixo a história da deusa retratada nas moedas antigas.

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Saiba tudo sobre a deusa Ártemis: nascimento, símbolos, equivalente romano e as moedas que a representavam na antiguidade.

Nascimento da deusa

Zeus (Júpiter na versão latina) teve uma noite de amor com a deusa Leto (Latona) e ela deu à luz Ártemis e Apolo na ilha de Delos. Em alguns relatos, Ártemis nasceu primeiro e ajudou no parto de seu irmão. Assim, ela revelou imediatamente seus poderes como deusa do parto, que ela compartilha também com a deusa Hera (ou Juno).

O nascimento das divindades gêmeas Ártemis e Apolo os ligou intimamente desde o início. A adorável Ártemis ocasionalmente se junta a seu belo irmão na supervisão das danças das Musas e das Graças. E, ambos apreciam o arco e a flecha. Ela é identificada também como deusa da lua, enquanto seu irmão gêmeo é o deus do sol.

Moeda grega antiga com a deusa Ártemis no anverso e Apolo no reverso.
Moeda cunhada no Império Selêucida, por Seleuco III, em 226-223 a.C. Traz a deusa Ártemis no anverso e o deus Apolo no reverso.

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Símbolos de Ártemis (Diana)

Dessa forma, os símbolos da deusa incluem a lua, o cão de caça, o veado, o arco e a flecha de ouro.

O Templo da deusa Ártemis em Éfeso

Éfeso, na costa oeste da Anatólia, era uma das doze cidades da Liga Jônica. Era famosa por seu Templo de Ártemis, concluído por volta de 550 a.C., uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo.

A imagem de culto da deusa de Éfeso tem um corpo semelhante a uma múmia com os pés colocados juntos, tem muitos seios e de cada uma de suas mãos pende um longo filete com borlas nas pontas. Ao lado dela está um veado erguendo a cabeça para a imagem da deusa.

Estátua do Templo de Ártemis em Éfeso.

Em Éfeso, os símbolos usuais dessa deusa da natureza eram a tocha, o cervo e a abelha. As Moedas de Éfeso representam com mais frequência uma abelha no anverso.

O sumo sacerdote do templo de Ártemis era chamado de Abelha-Rei, enquanto as sacerdotisas virgens eram chamadas de abelhas (Melissae). Éfeso foi uma das sete igrejas da Ásia citadas no Livro do Apocalipse. Inclusive, e o Evangelho de João pode ter sido escrito lá!

Dracma cunhado em Éfeso que traz a abelha e o veado, símbolos da deusa Ártemis.
Dracma de prata cunhado em Éfeso, que traz uma abelha no anverso e um cervo no reverso.

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O culto à Ártemis

A adoração à Ártemis provavelmente floresceu em Creta ou no continente grego nos tempos pré-helênicos. No entanto, muitos dos cultos à deusa preservaram traços de outras divindades. Muitas vezes com nomes gregos, sugerindo que, ao adotá-la, os gregos identificaram Ártemis com suas próprias divindades da natureza. A irmã virginal de Apolo é muito diferente da multiforme Ártemis de Éfeso, por exemplo.

Danças de donzelas representando ninfas de árvores (dríades) eram especialmente comuns na adoração à Ártemis como deusa do culto à árvore, um papel especialmente popular no Peloponeso. Por todo o Peloponeso, ostentando epítetos de Senhora do Lago, Ártemis supervisionou as águas e o exuberante crescimento selvagem, assistido por ninfas de poços e nascentes (náiades). Em partes da península, suas danças eram selvagens e lascivas.

Fora do Peloponeso, a forma mais familiar de Ártemis era como Senhora dos Animais. Poetas e artistas a retratavam com o veado ou o cão de caça, mas os cultos mostravam uma variedade considerável. Por exemplo, um festival na Ática homenageou ‘Ártemis Tauropolos’ (Deusa Touro), que recebeu algumas gotas de sangue retiradas pela espada do pescoço de um homem!

Moeda do imperador Trajano que traz um dos epítetos de Diana, Ártemis Tauropolos.
AE de bronze cunhado no governo do imperador romano Trajano (98-117 d.C.) na Macedônia. Apresenta o imperador cavalgando no anverso. No reverso, mostra a deusa Ártemis Tauropolos em pé com longa tocha na mão direita e pequeno ganho na mão esquerda.

As histórias frequentes dos casos de amor das ninfas de Ártemis, segundo alguns, foram originalmente contadas sobre a própria deusa. Os poetas depois de Homero, no entanto, enfatizaram a castidade de Ártemis e seu prazer na caça, dança e música, bosques sombrios e as cidades de homens justos.

Mitos mais famosos sobre Ártemis/Diana

Mesmo sendo uma deusa amorosa, ela também tinha traços de vaidade e vingança em sua personalidade, que foram retratados em seus mitos. Como uma das deusas mais veneradas na antiguidade, Ártemis possui inúmeras peripécias mitológicas. Abaixo você confere duas das mais famosas.

Acteon

Acteon era um caçador que se afastou do seu grupo e, longe de seus companheiros, tropeçou, por acidente ou destino, numa caverna na floresta com uma piscina de água, onde Ártemis (ou Diana, na versão de Ovídio) estava se banhando acompanhada por suas seguidoras – como era seu costume.

Quando elas viram Acteon entrar na caverna, gritaram e Diana, indignada por um homem tê-la visto nua, rapidamente se vingou. Ela jogou água em seu rosto e imediatamente chifres começaram a crescer de sua cabeça e ele se transformou em um cervo, exceto por sua mente.

Ele fugiu com medo e foi avistado por seus próprios cães de caça que se voltaram contra ele e o rasgaram em pedaços!

Estátua Diana de Versalhes.
Famosa estátua “Diana de Versalhes”. Essa estátua romana de mármore é ligeiramente maior do que o tamanho natural do século I ou II d.C., copiando um original de bronze grego perdido atribuído a Leochares (cerca de 325 a.C.). Em 1556, foi dada pelo Papa Paulo IV a Henrique II da França, uma alusão sutil à amante do rei, Diane de Poitiers. Agora está no Museu do Louvre, em Paris.

Órion

Apesar de Ártemis ter pedido a Zeus para permanecer virgem eternamente – e suas companheiras também deviam ser virgens, com Ártemis vigiando sua castidade constantemente – uma vez ela se apaixonou.

Existem diferentes versões desse mito. Mas, a mais comum é de que a deusa se apaixonou pelo gigante Órion, seu companheiro de caça, e o deus Apolo, seu irmão, ficou enciumado. Assim, o deus do sol mandou um escorpião para matar Órion.

Para homenagear a história, o pai da deusa, Zeus, transformou o escorpião em constelação e Órion em estrela.

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