O deus Hades (Plutão para os romanos) era a divindade grega do Submundo, o mundo dos mortos. Ele era um dos três grandes (ao lado de seus irmãos Zeus e Poseidon) e seu mito mais famoso é o do sequestro de sua esposa Perséfone.
Continue a leitura e confira a história desse deus grego e as moedas cunhadas pelas antigas civilizações sobre ele.
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Quem era o deus Hades?
Um dos olimpianos mais aterrorizantes, Hades era o deus do Submundo grego. Era seu papel coletar e guardar as almas dos mortos. Hades raramente deixava seu reino, então seu nome se tornou sinônimo do mundo sombrio e ameaçador onde ele residia. Desse modo, Hades, além de ser o nome desse deus, é também sinônimo de Submundo.
O deus Hades também era a divindade da riqueza oculta da terra, desde o solo fértil que nutria o grão da semente até a riqueza extraída de ouro, prata e outros metais.
Nome e epítetos
Hades significa “o invisível”, um nome bastante adequado para o governante de um mundo invisível. O nome do seu equivalente romano, o deus Plutão, significa “doador de riquezas”.
Entre os gregos antigos, Hades era conhecido como “o outro Zeus”. Homero até o chamou de “O Zeus Infernal” e “O Deus Terrível”. Hades também era chamado de “o anfitrião de muitos”, já que todos os homens uma hora ou outra iam servi-lo em seu reino.
Representações e Símbolos
Como governante dos mortos, Hades era uma figura sinistra e medonha, inspirando admiração e terror em todos. Consequentemente, ele foi raramente retratado na arte. Quando foi, era mais comumente retratado com barba e uma aparência solene e triste.
Nas representações, ele frequentemente usa um capacete, o elmo das trevas, que tinha o poder de deixá-lo invisível. Cérbero, o cachorro de três cabeças que guardava a entrada do Submundo, geralmente também está ao lado dele.
De vez em quando, ele carrega um cetro ou detém a chave de seu reino. Em um estágio posterior, ele se associou à sua arma preferida, o bidente, um garfo de duas pontas modelado a partir do tridente de Poseidon. Como Plutão, ele às vezes era mostrado com uma cornucópia, o chifre da abundância.
Origem do deus Hades
O deus Hades foi o quarto filho dos titãs Cronos e Reia — nasceu e foi devorado por seu pai depois de Héstia, Deméter e Hera). Era conhecido, ao mesmo tempo, como o filho homem mais velho e mais novo dos titãs. Isso porque nasceu primeiro que os outros dois irmãos (Poseidon e Zeus), mas foi o último a ser regurgitado por Cronos. Zeus nem chegou a ser engolido, já que sua mãe enganou Cronos entregando a ele uma pedra para ser devorada no lugar do bebê.
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Hades na Titanomaquia
Depois de ser resgatado por Zeus da barriga de seu pai, Hades se junta a ele na guerra entre titãs e deuses. A guerra mitológica de uma década termina com a vitória dos deuses olimpianos. Então os três irmãos dividem o governo do mundo: Zeus fica com o controle dos céus, Poseidon ganha o reino dos mares e Hades se torna o senhor do mundo dos mortos.
Hades, deus do Submundo
O Submundo constituiu um aspecto fundamental da mitologia e religião greco-romana. Neste local, comumente chamado de Hades, as almas dos mortos residiam ao lado de uma série de divindades, mais conhecidas como Deuses Ctônicos.
Nesse sentido, a religião grega diferia das ideologias modernas. O Submundo não era o paraíso, mas sim o reino dos mortos. Todos os humanos iam para lá após a morte. O paraíso grego (chamado Campos Elísios) era destinado apenas às almas dos heróis, sacerdotes, poetas e deuses.
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Hades e Perséfone
Em seu mito mais famoso, Hades se apaixonou pela bela deusa Perséfone e a sequestrou. De acordo com outra versão, o deus estava à procura de uma rainha para o Submundo e pediu a seu irmão Zeus que concedesse à mão de uma de suas filhas. Zeus ofereceu Perséfone, sua filha com a deusa da agricultura, Deméter.
Sabendo que Deméter não aceitaria o casamento, o deus Hades concordou com o rapto da menina.
Quando a deusa da colheita descobriu, ela ficou devastada e causou uma grande escassez de alimentos na Terra. Para que a humanidade não perecesse, Zeus foi obrigado a ceder e enviou Hermes ao Submundo para buscar Perséfone. Mas ela já tinha se alimentado por lá e, quem comia no mundo dos mortos, não podia retornar ao mundo dos vivos. Assim, foi selado um acordo em que Perséfone deveria passar um quarto do ano (três meses) com seu marido no Submundo.
Desse modo, nasceram as estações do ano: o inverno é a época em que Perséfone está no Hades e sua mãe está devastada, a primavera marca seu retorno ao mundo dos vivos, depois vem o verão e, por fim, no outono a deusa está se preparando para retornar ao Submundo com seu marido e sua mãe já começa a sentir sua falta.
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